Imagem Webconferência 29 11 2024

- Resumo: A webconferência intitulada “O ensino da nanociência na educação básica e possíveis implicações sociais”, será ministrada pela Profa. Dra. Maria Consuelo Alves Lima, a partir das 16h de 29/11/2024, sexta-feira, com transmissão simultânea pelo canal “Debate Consciência” do YouTube, onde ficará gravada após ocorrer. Nela, será abordado o fato de que produtos da ciência e da tecnologia têm, cada dia mais, ampliado o controle da vida no planeta, resultando em implicações nas relações sociais. Entre esses produtos estão os desenvolvidos em escala nanométrica, com uso em distintas áreas como na medicina (para salvar vidas) e nas guerras (para cessar vidas). O desenvolvimento desse campo de estudo tem se dado de forma acelerada e o uso de seus produtos sem avaliações sobre possíveis malefícios pode trazer implicações desastrosas. No contexto apresentado, pretendemos analisar a importância de discussões sobre nanociência e nanotecnologia na educação básica.

- Breve currículo: Maria Consuelo Alves Lima é Doutora em Física (1996), Mestra em Física (1988) e Graduada em física (Bacharelado-1982, Licenciatura-1983) pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Ela desenvolveu projeto de pós-doutorado voltado para o ensino de Física junto ao grupo Estudo e Pesquisa em Ciência e Ensino - gepCE (2009-2010) na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), e é professora titular do Departamento de Física da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Tem experiência em ensino de física no nível superior e no nível médio e atua principalmente em pesquisas no ensino de ciências com ênfase no ensino de física.

Responsáveis pela atividade: Professor Ricardo Roberto Plaza Teixeira (docente do IFSP-Caraguatatuba e Maria Klara Pereira Fagundes (estudante da Licenciatura em Física do IFSP-Caraguatatuba).

Você pode assistir a webconferência clicando na imagem abaixo ou neste link.

 

Imagem Webconferência 25 novembro 2024

Resumo: A webconferência intitulada “Os desafios e as recompensas em divulgar Ciência por meio da Arte”, será ministrada pela Profa. Dra. Karina Omuro Lupetti, a partir das 20h de 25/11/2024, segunda-feira, com transmissão simultânea pelo canal “Debate Consciência” do YouTube, onde ficará gravada após ocorrer. Nela, será abordado como a extensão, a educação e a pesquisa podem se unir para que a ciência e a arte estejam presentes no cotidiano acadêmico e social, e, assim, praticar uma ciência inclusiva e cidadã que se mostra não somente como um desafio, mas também como uma conquista de grupos que se unem para aproximar essa tríade tão importante para a formação de uma sociedade mais comprometida e igualitária. Serão apresentadas algumas dessas histórias, para motivar outros a começarem a construir seus próprios caminhos formativos.

Breve currículo: Karina Omuro Lupetti é Bacharela (1997), Mestra (2000) em Química e Doutora (2004) em Ciências pela Universidade Federal de São Carlos. Realizou pós-doutorado no Instituto de Química de São Carlos-USP (2005-2007) e no Programa de Pós-Graduação em Educação-UFSCar (2008), bem como trabalhou com recursos midiáticos para divulgação científica e ensino não formal de ciências. Orienta pesquisas de doutorado e mestrados acadêmico e profissional. Seu foco atual da pesquisa é em áreas como divulgação científica, metodologias de ensino inclusivo e alfabetização científica.

Responsáveis pela atividade: Professor Ricardo Roberto Plaza Teixeira (docente do IFSP-Caraguatatuba e Alícia de Andrade Freire (estudante do curso de Bacharelado em Engenharia Civil do IFSP-Caraguatatuba).

Você pode assistir a webconferência clicando na imagem abaixo ou neste link.

Imagem Cartaz Webconferência 21 11 2024

Resumo: A webconferência intitulada “Ilustrando o experimento da pipa por Benjamin Franklin: erros e contradições”, será ministrada pelo Prof. Dr. Breno Arsioli Moura, a partir das 16h de 21/11/2024, quinta-feira, com transmissão simultânea pelo canal “Debate Consciência” do YouTube, onde ficará gravada após ocorrer. Nela, será analisado como o famoso experimento da pipa, supostamente realizado por Benjamin Franklin (1706-1790) em 1752, foi retratado em ilustrações publicadas ao longo do século 19. Partindo de uma discussão sobre a história das ilustrações científicas e sua importância para a história da ciência, será mostrado que as figuras que retratam o experimento da pipa, por um lado, reproduzem o relato feito por Joseph Priestley (1733-1804) em seu livro sobre história da eletricidade, e, por outro, contribuem para reforçar estereótipos sobre Franklin e sobre seu trabalho em eletricidade, sem contar os diversos erros científicos que ajudam a propagar.

 

Breve currículo: Breno Arsioli Moura é Licenciado em Física (2005) pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Mestre (2008) e Doutor (2012) em Ensino de Física pela Universidade de São Paulo (USP). Suas áreas de pesquisa envolvem principalmente os seguintes temas: História da Ciência, Interface História da Ciência e Ensino, Formação de Professores de Física e de Ciências.

 

Responsáveis pela atividade: Professor Ricardo Roberto Plaza Teixeira (docente do IFSP-Caraguatatuba e Bruno Henrique Torres (estudante da Licenciatura em Física do IFSP-Caraguatatuba).

 

Você pode assistir a webconferência clicando na imagem abaixo ou neste link.

Imagem Cartaz Webconferência 04 11 2024 1

 

Resumo: A webconferência intitulada “A evolução dos telescópios: de Galileu a James Webb”, será ministrada pelo Prof. Dr. Gustavo Iachel, docente da Universidade Estadual de Londrina, a partir das 15h de 04/11/2024, segunda-feira, com transmissão simultânea pelo canal “Debate Consciência” do YouTube, onde ficará gravada após ocorrer. Ela tratará do avanço científico da humanidade, desde o século XV, até o desenvolvimento dos mais recentes telescópios espaciais e terrestres.

- Breve currículo: Gustavo Iachel é Licenciado em Física (UNESP/Bauru), Doutor em Educação para a Ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP - Bauru) e Mestre pelo mesmo Programa. Pesquisa na área de Ensino de Ciências com ênfase em Ensino de Física e Astronomia e Formação de Professores. É Professor Adjunto da Universidade Estadual de Londrina (UEL), no Departamento de Física do Centro de Ciências Exatas, bem como professor e orientador no Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática (PECEM) da UEL.

 

Responsáveis pela atividade: Professor Ricardo Roberto Plaza Teixeira (docente do IFSP-Caraguatatuba e Yasmin Prado Maciel (estudante da Licenciatura em Física do IFSP-Caraguatatuba).

 

Você pode assistir a webconferência clicando na imagem abaixo ou neste link.

 

por Leonardo Sioufi Fagundes dos Santos

Lattes aula

Créditos:arquivo USP.

Há 100 anos, no dia 11 de julho de 1924, no Brasil, em Curitiba, Paraná, nasceu Cesare Mansueto Giulio Lattes, mais conhecido como "César Lattes".

É impossível colocar em um pequeno texto todas as contribuições científicas de César Lattes. Para entender a sua maior contribuição, a descoberta do píon, é necessária uma brevíssima revisão dos problemas da Física da primeira metade do séc. XX.


Até 1935, considerava-se que a matéria era formada por átomos. O átomo era composto por um núcleo em torno do qual estavam os elétrons, partículas de carga elétrica negativa. O núcleo tinha carga elétrica positiva e conseguia atrair os elétrons para o si. Tudo parecia perfeito, mas o núcleo possuía dois tipos de partículas, prótons e nêutrons. Os prótons tinham carga elétrica positiva. Na época, os físicos não sabiam explicar a razão dos prótons não se repelirem entre si devido a mesma carga elétrica. Os nêutrons eram eletricamente neutros, o que não ajudava na explicação da estabilidade do núcleo. Então, os físicos propunham a existência de uma interação nuclear atrativa que mantinha os prótons e os nêutrons juntos.

Em 1935, o físico japonês Hideki Yukawa concluiu que deveria existir uma partícula relacionada à esta atração nuclear atrativa. No entanto, o tempo passava e ninguém conseguia detectar a partícula de Yukawa, comprometendo a solução do mistério da estabilidade nuclear. Após uma busca intensa por físicos de todo o mundo, em 1946 e 1947, uma equipe de físicos detectou o méson pi, mais conhecido como píon, que correspondia exatamente a partícula de Yukawa. Esta equipe era formada pelos físicos Lattes, Muirhead, Occhialini e Powell. Em suma, Lattes participava da solução de um dos maiores problemas da Física da primeira metade do séc. XX.

No ano de 1947, Lattes e outros três físicos publicaram um artigo na conceituada revista “Nature” sobre a descoberta do píon. Lattes aparecia como primeiro autor do artigo, indicando seu papel fundamental no trabalho. Com a detecção do píon, as ideias de Yukawa ficaram comprovadas, o que rendeu o prêmio Nobel para este físico em 1949. No ano seguinte, em 1950, Cecil Powell ganhou sozinho o prêmio Nobel pela detecção do píon, mas Lattes, Muirhead e Occhialini não levaram premiação alguma. A justificativa do prêmio de apenas um dos autores do trabalho na época foi a de que Powell era o chefe do grupo de pesquisa. Lattes foi indicado sete vezes para ganhar o prêmio Nobel, mas faleceu sem obter essa premiação.

Apesar de não ter ganhado o prêmio Nobel de Física, Lattes era reconhecido internacionalmente como primeiro autor do artigo sobre a descoberta do píon e por inúmeras outras contribuições à ciência, trabalhando em várias universidades e grupos de pesquisa ao redor do mundo. Lattes poderia ter abandonado o Brasil, mas demonstrou um grande amor pelo seu país, sendo fundamental no desenvolvimento da ciência brasileira. Ele trabalhou na Universidade de São Paulo (USP), na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Lattes foi um dos fundadores do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), foi diretor científico do CBPF, membro da Academia Brasileira de Ciência (ABC) e junto com seu antigo professor, Gleb Wataghin, fundou o Instituto de Física da UNICAMP que leva o nome deste último. O legado de Lattes está muito presente em toda a ciência brasileira.

Diversas universidades e instituições e pesquisa brasileiras homenageiam César Lattes. Por exemplo, o principal cadastro brasileiro de currículos de estudantes e professores universitários é chamado de “Plataforma Lattes”. A biblioteca central da UNICAMP também tem o nome de “César Lattes”. O nome do portal de divulgação científica da Sociedade Brasileira de Física, Píon, é uma referência a grande descoberta de Lattes.