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A institucionalização do apoio à pesquisa científica pelo governo brasileiro é relativamente recente. Os primeiros órgãos de fomento ao trabalho da comunidade científica nacional, como o CNPq e a CAPES, datam da década de 1950, enquanto o Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) foi criado apenas em 1985.

A história do MCT foi conturbada. Chegou a ser incorporado ao Ministério de Desenvolvimento da Indústria e Comércio em 1989, tornando-se uma Secretaria Especial com status de ministério. Em 1990, a CAPES foi extinta. Um grande movimento da comunidade científica conseguiu reverter a situação. O MCT ressurgiu em 1992 e, em 2011, teve o termo “Inovação” acrescentado ao nome, enfatizando sua importância para o desenvolvimento nacional. Em 2016, o MCTI foi unificado com o Ministério das Comunicações. Essa breve história demonstra a fragilidade e inconstância do apoio à Ciência em nosso país.

Acreditamos ser fundamental que a pesquisa científica seja conduzida em um ambiente democrático, laico e com financiamento público. A falta desse ambiente resulta em um cerceamento de ideias e na fuga de cérebros, como aconteceu em alguns períodos da nossa história.

Avanços inegáveis foram conquistados nas últimas décadas e devemos fazer o possível para evitar retrocessos que porventura possam ocorrer no desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação no país.

Nesse momento crucial da história brasileira, a diretoria da SBF se manifesta a favor das seguintes condições:

. A manutenção de um ambiente democrático, onde ideias possam ser discutidas livremente.

. A manutenção de um estado laico.

. O restabelecimento de um ministério dedicado exclusivamente ao desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Acreditamos que essas premissas devem ser levadas em consideração pelos candidatos à Presidência da República e por seus eleitores, pois são importantes na construção de um futuro melhor para a sociedade brasileira.

Diretoria da SBF