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Um trabalho que analisa as propriedades magnéticas de sistemas moleculares com íons de cobalto, assinalado na capa do periódico, pode impulsionar ramos que vão da gravação magnética à computação quântica.

O estudo foi realizado em um composto de cobalto que apresenta uma transição de fase magnética à temperatura de aproximadamente TC = 5 K. Acima dessa temperatura o composto exibe um comportamento paramagnético. São apresentados resultados de medidas de grandezas termodinâmicas em função da temperatura. Sabe-se que elas exibem mudanças de comportamento para t=0, onde t=(T-TC), que podem ser descritas através de uma curva de lei de potência de t  cujos expoentes, conhecidos como  expoentes críticos, sinalizam a dimensionalidade da rede magnética.

“Determinamos um conjunto de expoentes críticos através de medidas de calor específico, magnetização e susceptibilidade magnética em função da temperatura  para um magneto molecular com íons de cobalto na sua composição”, explica Fernando Machado, do Departamento de Física da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), um dos sete autores do estudo.

A partir dos valores dos expoentes foi possível classificar a transição que ocorre a baixas temperaturas como sendo de caráter tridimensional. Até então, trabalhos na literatura sugeriam que neste material essas interações magnéticas tinham natureza bidimensional.

Também participaram do trabalho, intitulado “Magnetic Dimensionality of Metal Formate  M[(H2O)2 (HCOO)2] Compounds (M= Co(II), Cu(II))”, pesquisadores da UFF (Universidade Federal Fluminense) e da Universidade de Aveiro, em Portugal. O primeiro autor, L.L.L. Souza, da UFPE, está vinculado atualmente à Universidade Federal Rural de Mossoró. A pesquisa recebeu destaque editorial: foi escolhida como capa do periódico “IEEE Transactions on Magnetics” de dezembro.

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