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A SBF vem novamente à público para externar sua preocupação com a estrutura proposta para a Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio (BNCC-EM), repetindo e reforçando algumas das críticas já apresentadas anteriormente, como pode ser observado nas publicações anteriores deste Boletim. Nesta data (29/11/18), a sociedade recebeu a última versão do Conselho Nacional de Educação (CNE) para a BNCC-EM, que deve seguir para aprovação. Constatamos, com bastante preocupação, que não houve revisão dos itens principais apontados em nota encaminhada por nossa sociedade ao CNE, publicada em nosso Boletim em 26/julho deste ano

1) Perguntávamos se “a escolha de itinerários pode implicar numa formação do Ensino Médio sem nenhum conteúdo das Ciências da Natureza?” e afirmávamos que o documento deveria ser explícito a esse respeito. A resposta poderia ser a previsão de uma carga horária mínima de ciências da natureza, e de Física em particular. No entanto, esta carga horária mínima NÃO aparece no documento.

2) Questionávamos “a não obrigatoriedade de oferta de diferentes itinerários em todas as escolas públicas” que poderia excluir o ensino de ciências da natureza em ” de regiões pobres ou pequenos municípios”. O documento atual mantém explicitamente que a presença dos itinerários vai depender, entre outras coisas, de condições específicas da rede escolar (o que acontece com escolas de regiões mais desfavorecidas no país?).

3) Nosso terceiro ponto era que “A ausência de objetivos de aprendizagem no texto inviabiliza a proposta de uma base nacional comum, devido à inexistência de tópicos comuns à formação de todos os alunos.”, pois o texto anterior não tinha NENHUMA definição de conteúdo curricular. O texto atual, no capítulo relativo a ciências da natureza continua idêntico, isto é, sem definição de conteúdo, inviabilizando portanto a proposta de uma base nacional comum no que toca às Ciências da Natureza, e à Física em particular.

Teremos uma nova reunião com o CNE no próximo dia 5 de dezembro, em conjunto com outras sociedades científicas e mantemos a esperança de que estes pontos sejam incorporados na versão final, para que a livre escolha e a autonomia dos estudantes sejam de fato garantidas na futura BNCC-EM.