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Em nota enviada por Claudio Lenz e Ignacio Bediaga, este último presidente da RENAFAE (Rede Nacional de Física de Altas Energias), pesquisadores alertam para o risco de interrupção das pesquisas brasileiras no CERN, o centro europeu de física de partículas que abriga o LHC, maior acelerador do mundo.

Os grupos brasileiros, provenientes de quinze diferentes institutos de pesquisas nacionais, que realizam importantes pesquisas no Centro Europeu de Física Nuclear (CERN), têm sua participação ameaçada pela falta de recursos para pagar as taxas de manutenção e operação (M&O), bem como para implementar técnicas made-in-Brasil nos experimentos em andamento neste laboratório. O CERN opera o acelerador LHC, onde foi descoberto o Bóson de Higgs (“partícula de Deus”), onde nasceu o WWW, o anti-átomo de hidrogênio foi aprisionado e é estudado, onde tecnologias de aceleradores e detectores são desenvolvidas para uso em várias áreas do conhecimento, todas elas com participação ativa de cientistas, estudantes e técnicos brasileiros.

No projeto da Lei Orçamentária de 2018 (PLOA 2018), enviada pelo Executivo no dia 31 de agosto último, não há nenhuma ação  destinada ao pagamento das taxas destinadas ao CERN, como contrapartida da participação de mais de uma centena de cientistas brasileiros naquele laboratório. A Lei Orçamentária Anual contemplava uma verba com este propósito desde 2008. Esta sequência foi interrompida na lei aprovada para 2017 e agora na proposta de lei para 2018. Com isto se configura que o Brasil não deverá cumprir suas obrigações financeiras junto ao CERN neste ano e nem no próximo, ameaçando as pesquisas brasileiras naquele laboratório internacional. A Rede Nacional de Física de Altas Energias busca recursos para evitar uma ruptura nessas pesquisas.