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Um estudo realizado por pesquisadores brasileiros, em parceria com americanos, demonstrou que o produto das queimadas florestais, quando inalado, causa danos ao DNA e morte celular em tecido pulmonar humano.

O resultado foi publicado em 7 de setembro pela revista “Scientific Reports”, do grupo Nature, em artigo que tem como primeira autora Nilmara de Oliveira Alves, da Escola de Medicina da USP (Universidade de São Paulo).

Pela primeira vez, foi possível demonstrar que as partículas de queimadas da Amazônia ao entrarem nos pulmões aumentam a inflamação, o estresse oxidativo e causam danos genéticos nas células de pulmão humano. O dano no DNA pode ser tão grave que a célula perde a capacidade de sobreviver e morre. “Ou esta célula perde o controle celular e começa a se reproduzir desordenadamente, evoluindo para câncer de pulmão”, diz Oliveira Alves.

Naturalmente interdisciplinar, o trabalho envolveu Paulo Artaxo, físico da USP que é especialista no estudo de aerossóis na Amazônia, além de pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), dos departamentos de Bioquímica e de Biologia Celular e Genética da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), e da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) no Rio de Janeiro, em colaboração com dois pesquisadores ligados à Universidade de Saint Louis, nos EUA, um dos quais brasileiro.

Os pesquisadores coletaram amostras do material emitido na atmosfera pelas queimadas na região próxima a Porto Velho, uma das áreas mais atingidas pelos incêndios na Amazônia. Nessa fumaça, existe o material particulado, que é formado por uma mistura de compostos químicos. E, quanto menores as partículas presentes, mais profundamente elas conseguem penetrar o sistema respiratório, atingir os alvéolos pulmonares e ter contato com a corrente sanguínea, tornando-se mais prejudicial.

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