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O controle sobre sistemas quânticos contribui, do ponto de vista de ciência básica, para o embasamento das teorias descrevendo o comportamento fisico em escalas microscópicas. 

Em termos de aplicações, tal controle é crucial para o desenvolvimento de propostas realistas para futuros dispositivos.

Um novo trabalho teórico realizado por pesquisadores brasileiros, em parceria com americanos e canadenses, faz avançar o campo da spintrônica molecular – contribuindo para concretizar ideias de utilizar o spin de moléculas para processar informações.

Os resutados dos pesquisadores referem-se ao controle de um fenômeno que ocorre em partículas no regime estritamente quântico — a interferência quântica destrutiva — através de uma voltagem aplicada.
Mais especificamente, eles estudaram o transporte de corrente de spin por uma cadeia de poliacetileno unindo nanofitas de grafeno em zigue-zague.

Eletrodos feitos dessa fitas de grafeno adquirem uma polarização de spin bem definida ao longo de suas bordas, o que diferencia elétrons com spin “up” e “down” nesses sistemas.

Ao adicionar grupos doadores e aceitadores à cadeia de poliacetileno, os pesquisadores
obtiveram no espectro de transmissão dos elétrons uma estrutura indicando forte interferência destrutiva. A variação da voltagem aplicada permite sintonizar a posição deste ponto de interferencia destrutiva, permitindo ligar e desligar a corrente no poliacetileno através da voltagem aplicada entre os eletrodos de grafeno.. 

O artigo teórico contou com a participação de Antonio Gomes Souza Filho, da Universidade Federal do Ceará, além de ter como primeira autora a física abrasileira Aldilene Saraiva-Souza, atualmente na Universidade McGill, no Canadá. O trabalho foi publicado no “Journal of the American Chemical Society” em 29 de setembro.

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