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O grafeno é um dos materiais mais promissores da física aplicada moderna. Composto por átomos de carbono dispostos numa camada com apenas um átomo de espessura, ele apresenta propriedades singulares, algumas atraentes em termos de aplicações.

Estudo teórico realizado por uma dupla da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) em parceria com pesquisadores da Suíça e dos Estados Unidos, investiga uma faceta importante do grafeno: suas propriedades diante do efeito físico conhecido como espalhamento Raman.

Descoberto inicialmente em líquidos por C. V. Raman e K. S. Krishnan, o efeito consiste no espalhamento inelástico de um fóton. Ou seja, ao interagir com uma partícula, um fóton é absorvido e outro é emitido com energia diferente do original. A conservação de energia é garantida pela criação ou destruição de uma excitação elementar no material, normalmente de natureza vibracional.

“Nosso trabalho apresenta um breakthrough teórico em nosso entendimento do espalhamento inelástico e define um novo paradigma para o estudo da correlação das propriedades em sistemas materiais emergentes”, destacam os pesquisadores.

O espalhamento Raman é normalmente tido como um processo que é espacialmente incoerente, mas o trabalho, feito por Luiz Gustavo Cançado e Ado Jorio, da UFMG, além de Ryan Beans, da Universidade de Rochester, em Nova York, e Lukas Novotny, da ETH Zurique, mostra que ele é parcialmente coerente no regime de campo próximo. Isso, por sua vez, faz com que a espectroscopia Raman possa ser usada para medir comprimentos de correlação nanoscópicos em vários sistemas materiais. Ou seja, é uma metodologia complementar importante para o estudo de propriedades de materiais como o grafeno.

O trabalho foi publicado em 26 de setembro pela “Physical Review X”.

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