O Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) participou de um wokshop sobre spintrônica na Universidade de Beihang, em Hangzhou, na China, em novembro. Quem esteve na linha de frente dos debates foi a cientista Tatiana Rappoport, integrante da Coordenação de Física Teórica (COTEO) desde o último concurso.
De acordo com comunicado, a presença do CBPF no evento reforçou o interesse crescente, nacional e internacional, em temas como spintrônica e orbitrônica, campos que estudam como propriedades fundamentais dos elétrons podem ser aplicada na criação de tecnologias mais rápidas, menores e energeticamente eficientes. Embora pareçam distantes do cotidiano, esses princípios já sustentam dispositivos amplamente usados, como discos rígidos e memórias eletrônicas de última geração presentes em computadores e equipamentos de armazenamento.
Além de representar o Brasil nesse evento de grande importância, é um momento de celebração também para as mulheres na ciência. Isso porque além de física, Tatiana integra o projeto Tem Menina no Circuito, que junto às professoras e cientista Elis Sinnecker e Thereza Cristina de Lacerda Paiva, aproxima a universidade de meninas da periferia do Rio de Janeiro. A cientista também foi tema de reportagem sobre orbitrônica no Boletim SBF.
O evento se chama International Workshop on Spintronic Memory and Logic (SML 2025) que, em sua sétima edição, ocorreu na Universidade de Beihang, na cidade de Hangzhou, reunindo alguns dos principais nomes da área. A programação abrangeu tópicos que refletem o avanço acelerado do conhecimento sobre essa área, como dispositivos spintrônicos estocásticos, ferrimagnetismo, antiferrimagnetismo e integração spintrônico-fotônica.
Durante o workshop, Tatiana teve uma atuação destacada, de acordo com comunicado do CBPF. Ela ministrou um tutorial sobre spintrônica voltado a estudantes de pós-graduação, apresentou uma palestra sobre sua pesquisa em orbitrônica em materiais bidimensionais e visitou um centro dedicado ao intercâmbio científico entre China e Brasil.
Além de atualizar a comunidade sobre avanços recentes em áreas estratégicas, a participação no SML 2025 reforça o papel do CBPF na construção de pontes internacionais em pesquisa de ponta. A instituição amplia sua inserção em um campo considerado essencial para o futuro da tecnologia e cria oportunidades para colaborações que podem impulsionar novos resultados científicos.
(Texto com informações do CBPF e SBF)






