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Em 22 de outubro de 2015, uma espaçonave da Nasa em órbita da Terra registrou um evento que deu aos cientistas uma ótima chance de estudar o processo de reconexão magnética. Trata-se de um fenômeno que acontece quando a interação entre o campo magnético da Terra e o do plasma circundante no ambiente espacial leva a um realinhamento das linhas de força, muitas vezes com grande liberação de energia.

A reconexão magnética é um dos fenômenos fundamentais para a melhor compreensão da interação entre o vento solar e a magnetosfera terrestre, e essa é a principal missão da sonda MMS (Magnetospheric Multiscale), lançada pela NASA em 2015.

Usando dados da espaçonave e análises em solo, um grupo internacional de pesquisadores com participação brasileira analisou um evento em particular, em que foi observada uma reconexão assimétrica, e concluíram que ela pode ter um padrão de quadrupolo.

O trabalho teve como primeiro autor Rongsheng Wang, da Universidade de Ciência e Tecnologia da China, e contou ainda com pesquisadores da China, da Áustria e dos Estados Unidos, além de Walter Gonzalez, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, em São José dos Campos (SP).

“O período estudado se refere a uma passagem de MMS pela magnetopausa terrestre durante um evento bem definido de reconexão magnética e bastante próxima da região central de reconexão, a região de difusão dos elétrons”, explica Gonzalez. “A probabilidade de a MMS passar por eventos desse tipo é pequena.”

O trabalho foi publicado em 25 de abril na “Physical Review Letters” e ajuda a melhorar nossa compreensão dos fenômenos de reconexão magnética. Mas, segundo Gonzalez, ainda há muito trabalho pela frente. “Esse tema ainda tem muitos aspectos pouco entendidos, principalmente sobre sua estrutura tridimensional, devido à dificuldade de ter medidas simultâneas por vários satélites em diversas escalas espaciais e também devido à dificuldade de se fazer simulações computacionais relacionadas em 3D.”

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