Antonio José Roque da Silva, físico e coordenador do projeto Sirius – um dos mais modernos aceleradores de partículas do mundo – foi agraciado para receber o 37º Prêmio Almirante Álvaro Alberto para a Ciência e Tecnologia – Edição 2025, concedido pelo CNPq em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e a Marinha do Brasil.
O Sirius, um dos maiores aceleradores de partículas do mundo localizado em Campinas, no interior de São Paulo, tem cerca do tamanho do Maracanã, e é operado pelo Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), que por sua vez faz parte do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), uma organização social (OS) qualificada pelo MCTI.
Suas dez linhas de luz hoje em operação, investigam de átomos a moléculas desde proteínas do Sars-Cov-2 a rochas do Pré-Sal, com extrema importância para a soberania científica brasileira. Inclusive, foi durante a pandemia que nasceu a ideia de se criar um complexo de laboratórios para se estudar vírus ainda mais perigosos que o da Covid-19, o chamado rojeto Orion, o único no mundo que estará conectado a uma fonte de luz síncrotron, através de três linhas de luz.
“Nós estamos caminhando para ter uma infraestrutura no Brasil extremamente competitiva, e no caso de patógenos, em particular, que permitirá estudos únicos no mundo. O Orion, mesmo sem estar pronto, já está atraindo atenção de representantes de diversos locais do mundo”, diz Antônio José Roque da Silva.
“O Sirius e o CNPEM são conquistas da ciência brasileira que funcionam quase como um cartão de visitas, permitindo que a sociedade se orgulhe da ciência e perceba que ela pode, de fato, proporcionar grandes feitos e ser competitiva em nível mundial. O reconhecimento do prêmio contribui, inclusive, para reforçar esse aspecto. Me vejo como representante das pessoas que estiveram envolvidas nesses casos de sucesso da ciência brasileira. Por isso, fico muito feliz e honrado”, explica o cientista em entrevista ao Boletim SBF. Sem dúvida, o prêmio também mostra a relevância da Física para o Brasil, que está prestes a comemorar, no dia 19 de maio, o Dia do Físico. Para conhecer mais sobre o Sirius e a importância do Prêmio Almirante Álvaro Alberto para a Ciência e Tecnologia veja a entrevista no vídeo.
Assista a Entrevista com Antonio José Roque
(Colaboraram Roger Marzochi e Marcilei Guazzelli)