O Amazônida Anibal Fonseca de Figueiredo Neto nasceu em Belém do Pará, em 03 de abril de 1958. Ainda criança, seguiu para Macapá, capital do Amapá. Retornou a Belém para cursar o último ano do Ensino Médio no Colégio Estadual Paes de Carvalho, tendo ingressado na Universidade Federal do Pará (UFPA), inicialmente no Curso de Engenharia Mecânica, e, no ano seguinte, no Curso de Física.

Destacando-se no Curso de Física, foi Incentivado pelo Prof. José Maria Filardo Bassalo, da UFPA, a transferir-se para a Universidade de São Paulo (USP). Concluiu sua graduação em Física pela USP (1985) e seu mestrado em Ensino de Ciências, também pela USP (1991), com a dissertação intitulada “A Física, o Lúdico e a Ciência no 1º Grau”, orientada pela Profa. Yassuko Hosome.

Autor de artigos publicados em periódicos nacionais, incluindo a Revista de Ensino de Ciências da FUNBEC, Nova Escola (tendo figurado na capa da edição de junho de 1997 desta revista) e Ciência Hoje; bem como da obra “Brinca Ciência: um ensaio lúdico sobre Ciência & Tecnologia na escola pública do município de Santo André”, em dois volumes.

Por volta de 1990 montou uma fábrica de brinquedos didáticos, o “Atelier de Brinquedos Científicos”, que se transformou nas empresas Ciência Prima e Ludicitec, onde participava de todos os processos criativos e funções, incluindo a de diretor de projetos e conteúdos.

Construiu o acervo base de inúmeros centros e museus de ciências brasileiros, com destaque, por exemplo, para o Museu Catavento, na capital de São Paulo, tendo sido essencial na concepção daquele Museu. No Pará, seu estado de nascimento, Aníbal concebeu instalações para diversas iniciativas, incluindo o acervo-base do Museu Interativo da UFPA, que passará a portar o seu nome.

Atuou como Professor de Física e de Ciências em algumas instituições de ensino, incluindo a Escola Logos, o Colégio Porto Seguro e a Escola Nossa Senhora das Graças, na capital paulista, Atuava igualmente como consultor em centros de ciências, tendo sido coordenador do projeto “Brinca Ciência” realizado na Sabina – Escola Parque do Conhecimento.

Aníbal é também reconhecido nacionalmente pela excelência funcional e beleza plástica de suas instalações científicas, que compõem centros e museus de ciências espalhados em todas as regiões brasileiras; tendo contribuído significativamente para a divulgação e popularização da Ciência no Brasil.

Aníbal faleceu, vítima de atropelamento, ao atravessar na faixa de pedestres de uma avenida na cidade de São Paulo, em 24 de outubro de 2025. Suas instalações artístico-científicas por muitos anos continuarão a inspirar públicos de todas as idades, visitantes de centros e museus de ciências, nos quatro cantos de nosso país continental. Aníbal será também lembrado por sua destacada criatividade, profunda humanidade, contagiantes entusiasmo e alegria.