Eleições 2009 - Propostas dos Candidatos

Caros colegas, sócios da SBF

Desde a apresentação de nossas propostas para gestão da SBF (ver Boletim Eletrônico da SBF no 017; http//www.sbf1.sbfisica.org.br/boletim1/msg165.htm) temos recebido muitas solicitações visando esclarecimentos e detalhamentos de nossas principais linhas de ação. Sugestões de tópicos a incorporar no programa básico da chapa também nos têm sido oferecidas com frequência. Tal debate se intensificou durante o Encontro de Física da Matéria Condensada, recentemente realizado em Águas de Lindóia. Esta Reunião propiciou ocasião para trocas de idéias de pessoa para pessoa. Assim, sentimo-nos motivados a reapresentar, com maior detalhamento e incorporando sugestões recebidas, as principais linhas que balizarão nossa gestão na SBF caso sejamos contemplados com seu apoio.

Os Físicos:

Reconhecemos que a regulamentação da profissão de Físico é um ponto de grande importância para nossa comunidade. Dedicaremos esforços para que tal meta, que há muito é almejada, seja alcançada. Aspectos tais como as condições de trabalho, direitos e deveres legais, bem como garantias de remuneração adequada devem merecer especial atenção. Além da luta pela regulamentação da profissão, a SBF deve atuar junto ao meio empresarial do País no sentido de estimular e favorecer a contratação de profissionais Físicos, com formação pós-graduada ou não, para atuar na criação e desenvolvimento de processos e tecnologias originais. Acreditamos que a expansão do mercado de trabalho para os Físicos, incluindo forte presença em laboratórios industriais e em outros setores não-acadêmicos, é decisiva não apenas para o futuro dos jovens egressos das Universidades, mas também para a consolidação de uma indústria avançada, original, competitiva e condizente com a relevância internacional do País.

A regulamentação da profissão de Físico também condiz com a urgente necessidade de resgatar e aprimorar os quadros técnicos nos laboratórios universitários. O desenvolvimento da física experimental no País tem sido severamente limitado pela precariedade das carreiras técnicas no meio universitário e pela quase ausência de quadros qualificados. O Físico profissional, não necessariamente motivado pela carreira acadêmica, pode desempenhar papel de grande relevância como técnico de nível superior em laboratórios científicos nas Universidades e Centros de Pesquisa. Portanto, acreditamos que cabe à SBF lutar pelo estabelecimento e fomento de carreiras técnicas atrativas nas Universidades e Centros de Pesquisa, com remuneração justa e perspectivas estimulantes de progressão funcional.

A formação de um profissional científico é um processo longo, continuamente renovado, que exige permanente esforço de todas as partes envolvidas. Em particular, a atuação de um Físico em pesquisa fundamental ou aplicada requer grande acúmulo de informação e conhecimento, discernimento dos problemas relevantes, trabalho intenso e sistemático e certa dose de talento. O talento é, em geral, um elemento determinante nos grandes avanços. Acreditamos que o talento para a Física deve ser buscado e favorecido onde ele estiver. Assim, somos amplamente favoráveis ao incentivo da presença feminina na Física e à ampla participação das mulheres em todos os níveis das carreiras e comitês profissionais, com oportunidades balizadas pelo seu mérito científico.  Minorias que tradicionalmente têm tido pouco acesso à atividade científica também merecem acolhida na comunidade e incentivos à profissionalização em Física, independentemente de sexo, nacionalidade, credo, idade, etnia, etc.

A SBF, em consonância com o exposto acima, deve atuar fortemente no sentido de estimular a contratação de Físicos jovens e talentosos para o desenvolvimento de pesquisas científicas nas Universidades e Centros de Pesquisa.

O Ensino de Física:

Um tópico ao qual atribuímos grande importância, por estar na base de tudo, refere-se às atividades de ensino de Física em seus diversos níveis: fundamental, médio e superior.

Temos acompanhando as recentes propostas esboçadas pelo MEC quanto às ênfases do ensino médio, hoje excessivamente balizadas pelos exames de admissão às Universidades Públicas. O foco no vestibular deformou o ensino de Física no nível médio, transformando-o na apresentação de uma seqüência de clichês esquemáticos, visando meramente a solução de problemas acadêmicos. Muito pouca atenção é dispensada à exposição e discussão dos conteúdos, leis e outros aspectos fundamentais da Física. No entanto, também ficaremos atentos a possíveis deformações que pretendam, a título de sanar as dificuldades acima reconhecidas, substituir o estudo adequado da física no Ensino Médio por projetos de ensino generalistas que acarretem na supressão dos conceitos básicos da física e da utilização adequada da matemática.

Pretendemos contribuir com fóruns, discussões e outras iniciativas, estimulando o debate sobre os diversos encaminhamentos que têm sido dados à formação de professores de Física, visando o aprimoramento e a valorização do ensino de Física nos níveis básico e superior. Iniciativas como a edição de textos de apoio ao professor de ensino médio, tais como a série “Temas Atuais da Física”, serão apoiadas. Também incentivaremos a associação aos quadros da SBF de professores de Física dos ensinos fundamental e médio por entendermos que eles, por atuarem diretamente na formação básica dos jovens, desempenham papel fundamental no despertar de vocações e no desenvolvimento científico do País. Cremos também que a SBF deve se manifestar, em todas as instâncias e ocasiões possíveis, em favor de uma formação adequada, uma remuneração justa e de uma carreira atrativa aos professores de Física.

A respeito da formação e motivação de jovens para a carreira científica, e na busca por talentos, uma atenção especial deve ser devotada às “Olimpíadas da Física”, que tem um extraordinário efeito mobilizador entre os estudantes de nível médio em todos os recantos do País. Esta atividade deve ser prestigiada, ampliada e aperfeiçoada continuamente.

Acreditamos que a Física deve se desenvolver quantitativamente no País, tanto no número de professores como no de pesquisadores. É bem conhecida a grande carência de professores de Física nas escolas de ensino fundamental e médio, assim como a pouca participação de profissionais Físicos atuando no setor produtivo. Precisamos ampliar significativamente o número de professores com formação adequada em Física, assim como o número de pesquisadores em atuação nas Universidades e Centros de Pesquisa. Assim, propomos que a SBF atue no sentido de discutir as diversas iniciativas que visem a criação e aperfeiçoamento de cursos de graduação e pós-graduação em Física, de qualidade, no País. Em especial, os esforços que são envidados por colegas que atuam em Universidades menores, neste sentido, devem ser reconhecidos e prestigiados. A expansão dos cursos existentes nas principais Universidades também deve ser apoiada.

A Pesquisa em Física:

A esta área, tradicionalmente, a SBF tem direcionado seus principais esforços. Entendemos que nossa gestão também terá foco nesta linha. Pretendemos, porém, que estas preocupações não tenham primazia com relação aos tópicos discutidos anteriormente.

Assim, a SBF deve permanentemente atuar junto às agências governamentais de financiamento à pesquisa e junto às empresas privadas no sentido de ampliar, diversificar e qualificar os programas de fomento à pesquisa em Física fundamental e aplicada no País. Em especial, é necessário atenção com o direcionamento de recursos em quantidade adequada ao financiamento, crescimento e desenvolvimento da pesquisa básica em Física. Esta, em geral, tem sido insuficientemente apoiada em razão da concepção dirigista e produtivista do financiamento à pesquisa científica, a qual vem sendo adotada há vários anos pelas agências de fomento. Em complemento ao dito anteriormente, cremos que a SBF deve apoiar a formação e consolidação de grupos teóricos e experimentais de pesquisa em Física, com qualificação internacional, em Universidades e Centros de Pesquisa afastados das grandes metrópoles.

A SBF deve propiciar e estimular, de todas as formas possíveis, a participação de físicos brasileiros em empreitadas científicas internacionais. Sempre que possível e adequado, a Sociedade deve promover o reconhecimento e o destaque às valiosas contribuições dos Físicos brasileiros ao desenvolvimento científico internacional. O intercâmbio com profissionais estrangeiros e a cooperação com sociedades científicas de outros países devem ser prioritários. A presença de cientistas estrangeiros de destaque no País deve ser amplamente divulgada na comunidade no sentido de possibilitar que convites para visitas científicas e apresentações de palestras sejam formulados. Tais atividades, como se sabe, têm efeito largamente benéfico para os estudantes e para a comunidade científica em geral e, não raro, resultam em projetos de colaboração. Propomos também que a SBF atue com voz ativa nos fóruns internacionais, como o da International Union of Pure and Applied Physics (IUPAP) e suas comissões temáticas e na Federación LatinoAmericana de Sociedades de Física (FeLaSoFi).

A SBF deve assegurar a promoção dos vários e já tradicionais Encontros Científicos que se organizam periodicamente sob seu patrocínio. A Sociedade também deve oferecer apoio, sempre que possível, a Reuniões, regulares ou não, organizadas em torno de temas ou áreas em que a participação de Físicos brasileiros seja expressiva.

Acreditamos que recomendações de natureza ética, emanadas de debates com a comunidade, devem ser tornadas públicas pela SBF no sentido de orientar seus associados em atividades variadas, que vão desde o tratamento de questões envolvendo a realização de pesquisas em tópicos sensíveis, publicação de artigos científicos e até a participação em comissões julgadoras que tenham injunções nas vidas profissional e pessoal dos interessados.

Propomos que a SBF patrocine uma ampla discussão sobre o aprimoramento dos critérios usados pelos comitês científicos e assessores de órgãos como o CNPq, CAPES e diversas FAPs para a qualificação profissional dos Físicos brasileiros, principalmente com fins de concessão de bolsas e auxílios à pesquisa, individuais e por equipe. Grande parte da comunidade entende que critérios baseados na aplicação contábil de índices cienciométricos, embora úteis, não são suficientes para caracterizar e quantificar a produtividade científica dos interessados. Por exemplo, pesquisadores que continuada e consistentemente envidam esforços para o estabelecimento e consolidação de excelência científica em Universidades afastadas dos grandes centros, muitas vezes não encontram o reconhecimento esperado nas instâncias decisórias das agências de fomento. Outro exemplo é o representado por líderes de grupo, que têm parte significativa de seu tempo absorvida pela gerência de projetos científicos, e que vêem circunstancialmente diminuída - e negativamente sancionada - sua cota de publicações.  

Um ponto que reputamos de grande importância é a luta pela formação de uma genuína escola de pensamento em Física no País. Tal objetivo é essencial para respaldar e consolidar o sucesso e a relevância da contribuição brasileira na empreitada internacional que é o avanço do conhecimento científico. Neste aspecto destaca-se o incentivo, e apoio quando possível, a autores brasileiros para a produção de textos didáticos e científicos, em língua nacional ou estrangeira. O apoio decidido e reconhecimento efetivo às revistas brasileiras de Física também é peça fundamental para o alcance deste objetivo.

Continuamos abertos a sugestões, críticas, e comentários que visem melhorar ou esclarecer nossas proposições. Comprometemo-nos a manter esta postura aberta e em sintonia com todos os sócios, na diretoria da SBF.

Gratos pela sua atenção e enviando-lhes nossas

Saudações cordiais

Constantino Tsallis (CBPF) – para Presidente                            tsallis@cbpf.br

Paulo Pureur (UFRGS) – para Vice-Presidente                           ppureur@if.ufrgs.br

Roberto F.S. Andrade (UFBA) – Para Secretário Geral   randrade@ufba.br

Jun Takahashi (UNICAMP) – para Secretário                              jun@ifi.unicamp.br

Maria José Valenzuela Bell (UFJF) – para Tesoureira                  mjbell@fisica.ufjf.br

Nilson Marcos Garcia Dias (UTFPR) – para Secretário de Assuntos de Ensino 

                                                                                              nilson@utfpr.edu.br


Caro colega sócio da Sociedade Brasileira de Física:

Encaminhamos abaixo, para sua análise e comentários, o detalhamento das propostas da Chapa 1 (Presidente: Celso Pinto de Melo; Vice-Presidente: Ronald Shellard;  Secretário-Geral: Gastão Inácio Krein; Secretário: Marcus Aloizio Martinez de Aguiar; Tesoureiro: Rita Maria Cunha de Almeida; Secretário Para Assuntos de Ensino: Nilson Marcos Dias Garcia), que concorre às próximas eleições da Diretoria da SBF, e que foram objeto de nossa mensagem anterior (ver http://www.sbfisica.org.br/sobre/eleicoes2009/propostas.shtml).

Para facilitar a discussão, dividimos os tópicos de maior importância ao longo de quatro eixos principais:

1.       Física no Brasil:

·       Expansão do investimento em ciência básica e aplicada: apesar de todo o avanço institucional representado pela implementação dos Fundos Setoriais, e pelo progressivo aumento do orçamento do Ministério da Ciência e Tecnologia (e de suas agências) observado nos últimos anos, há ainda carências não atendidas no portfólio da ciência brasileira. Defendemos o aumento continuado de recursos para a ciência básica, aquela (ainda) não relacionada com aplicações práticas, e para o apoio a jovens doutores em início de carreira, especialmente quando localizados em instituições fora das regiões centrais, e a elaboração de estudos visando o estabelecimento de programas nacionais de apoio temático a áreas essenciais como instrumentação científica, computação de alto desempenho, e a novas áreas da Física.

·       Física e o desenvolvimento científico e tecnológico nacional: defendemos que sejam ampliados os mecanismos de incentivo à contratação de doutores e ao estabelecimento no País de laboratórios de pesquisa e desenvolvimento de empresas com base científico-tecnológica. É papel da SBF contribuir com estudos para a promoção de programas mobilizadores em áreas como Energia a partir de Fontes Alternativas e, também, para uma mudança no patamar dos programas Espacial e Nuclear. Defendemos a criação de centros de referência de pesquisa científica e tecnológica em áreas consideradas como cruciais para o desenvolvimento do País, e que, como conseqüência, assegure um crescente mercado de trabalho para cientistas e técnicos brasileiros.

·       Presença internacional da Física brasileira: defendemos o fortalecimento dos mecanismos de apoio à circulação de cientistas, tanto em estágios e visitas de físicos brasileiros a instituições no exterior, como também pelo aumento expressivo dos instrumentos que tornem possível a vinda para o Brasil de estudantes, pós-doutores e pesquisadores estrangeiros. Devemos discutir as condições para criação de protocolos de cooperação e mecanismos estáveis capazes de assegurar a participação institucional do Brasil e a presença expressiva de físicos brasileiros em projetos internacionais de grande porte, como nas áreas de Astronomia e de Física das Altas Energias. Devemos buscar o aumento da cooperação com as sociedades científicas congêneres do exterior para promover a mobilidade internacional, em especial, dentro do espaço latino-americano. Defendemos o estabelecimento de programas especiais de apoio para a organização de eventos e conferências internacionais no Brasil.

·       Expansão da infraestrutura para a Ciência no Brasil: defendemos o estabelecimento, em diferentes regiões do Brasil, de Centros de Referência Temáticos dotados de equipamentos de grande porte e laboratórios especializados, que possam atuar em áreas prioritárias para o desenvolvimento científico-tecnológico do País. Apoiamos, também, a retomada vigorosa de um programa de laboratórios associados, com o estabelecimento, no âmbito dos Ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, de carreiras diferenciadas de técnicos de nível superior e de formação pós-graduada, como sistema essencial de apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico do País. Defendemos a maior agilização das agências de financiamento, com redução dos entraves burocráticos de natureza administrativa e jurídica, e criação de um novo marco legal para as áreas de Educação Superior, Ciência e Tecnologia.

·       Novas áreas, e Inter e Multidisciplinaridades: a formação flexível dos físicos facilita a interlocução com cientistas de outras áreas. Defendemos a presença cada vez maior da Física em discussões e programas na interface com outras disciplinas, como Química, Saúde Humana e Animal, Biologia, Ciência e Engenharia de Materiais e Meio Ambiente. Do mesmo modo, é papel da SBF fortalecer a interface entre a Física e a sociedade, promovendo a participação de físicos e astrônomos brasileiros em programas nas áreas de Saúde, Agricultura, Segurança e Defesa Nacional, Mudanças Climáticas, Cidades e Controle da Violência, Biomas Brasileiros, Recursos Hídricos, Amazônia, Antártida, Mares e Oceanos, dentre outros.

·       Uma agenda de crescimento e valorização das ciências e, em especial, da Física brasileira: pelo conjunto das ações acima, defenderemos a presença da Física e Astronomia brasileiras em programas e projetos definidos a partir da concepção de políticas de estado que visem o desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro, bem como o progresso e bem-estar econômico e social do País.

2.       Física e Educação Básica:

·         Formação, capacitação e valorização de professores de Física, Matemática e Ciências nos níveis fundamental e médio: é importante disseminar a importância da educação científica como um direito da cidadania na sociedade brasileira do século 21. Para isso, defendemos a valorização social do magistério fundamental e de nível médio, e a SBF deve atuar na promoção de programas inovadores voltados para a formação, capacitação e aperfeiçoamento de professores de Física e de Ciências em geral. Devemos incentivar o envolvimento da comunidade científica em discussões regulares que examinem modos de uma participação maior e mais eficiente de físicos e astrônomos brasileiros em programas dessa natureza.

·         Expansão das Olimpíadas de Física: fortalecimento e expansão da abrangência das Olimpíadas de Física pelo País, alcançando um número crescente de jovens nas diferentes regiões do Brasil. Propomos a criação de programas de treinamento e formação diferenciada para os talentos científicos identificados a cada ano. 

3.       A comunidade de Físicos no Brasil:

·         Mercado de trabalho dos jovens físicos: é importante o estímulo à criação de programas de incentivo à inserção de físicos na indústria, com o aumento do número de laboratórios empresariais de P&D no País. Defendemos a continuidade dos programas de expansão do Ensino Superior público no País, e o apoio diferenciado a jovens pesquisadores nas novas instituições de ensino e pesquisa que se estabelecem pelo País. Propomos a criação de carreiras de técnicos de nível superior e pós-graduado, com remunerações apropriadas e sua valorização social e profissional. É papel da SBF apoiar a presença crescente de físicos em áreas como Física Médica, Geofísica, Eletrônica, Instrumentação e Controle. Defendemos a ampliação dos mecanismos de apoio a jovens empreendedores que busquem criar empresas inovadoras de base científico-tecnológica.

·       Regulamentação da profissão de Físico: acompanharemos de perto a tramitação no Congresso Nacional do projeto de lei que discute a regulamentação da profissão de Físico no Brasil, contribuindo para que a medida venha assegurar, de fato, uma significativa ampliação do mercado de trabalho para os jovens profissionais.

·       Pós-graduação Acadêmica e o Mestrado Profissional em Física: apoiamos a criação de instrumentos que estimulem a presença internacional da pós-graduação brasileira, através do apoio à mobilidade de doutorandos e pós-doutores formados no Brasil. Defendemos a integração entre os diversos programas de pós-graduação em Física e Astronomia, incentivando a mobilidade nacional de docentes e discentes. É importante contribuir para a aproximação dos Mestrados Profissionais em Física com o mercado de trabalho do País, incentivando a inserção de profissionais de Física no ambiente extra-acadêmico.

·       Demografia dos profissionais em Física no Brasil por região, área de formação, idade e sexo: procederemos de imediato a um levantamento do perfil dos profissionais de Física e Astronomia em atividade no País, buscando informações atualizadas sobre sua distribuição em nível de atuação, região geográfica, área de formação, idade e sexo. Em um segundo momento, propomos a realização de um levantamento semelhante sobre os físicos e astrônomos brasileiros em atividade no exterior e sem vínculos diretos com instituições nacionais.

·       Presença de mulheres e de minorias na Física brasileira: apoiamos fortemente as políticas afirmativas que promovam o aumento da participação de mulheres e de minorias na vida acadêmica brasileira. Defenderemos a ampliação da legislação relativa aos direitos específicos das mulheres trabalhadoras (gestação, creche, etc), e seu efetivo cumprimento. Apoiaremos medidas voltadas para a redução de distorções na representatividade de minorias e das mulheres nos diversos estágios da carreira acadêmica e na sua participação em comissões e grupos de estudo técnicos.

4.       A Sociedade Brasileira de Física:

·         Mecanismos para assegurar maior participação dos físicos brasileiros na vida da SBF: discutiremos como aprimorar a representatividade de todos os integrantes da comunidade de físicos e astrônomos no cotidiano da SBF, examinando questões como diferenças e especificidades de sub-áreas, e a distribuição e representatividade geográfica. Apoiaremos o fortalecimento das Comissões Temáticas da SBF, que serão o braço técnico da Sociedade, e o aumento da capilaridade da SBF por meio de suas secretarias regionais. Apoiaremos a criação de mecanismos diferenciados de apoio à mobilidade de estudantes e jovens profissionais.

·         Fortalecimento dos eventos da SBF: trabalharemos pela manutenção da mais alta qualidade científica dos eventos regularmente patrocinados pela SBF. Promoveremos eventos específicos sobre temas de relevância e urgência para a comunidade (como educação básica, implicações da regulamentação da profissão de físico, etc). Defendemos o uso dos eventos regulares e especiais como base para elaboração de textos para discussão e/ou artigos a serem submetidos para as diversas publicações da SBF.

·         Demografia dos sócios da SBF por região, áreas de especialização, idade e sexo: além do melhor conhecimento sobre a distribuição dos profissionais de Física no País, buscaremos atualizar as informações sobre a demografia dos associados, em termos de sua distribuição por área de atuação, região geográfica, área de formação, idade e sexo, com o exame das tendências de evolução do quadro de sócios.

·         Seguro-Saúde: acompanharemos de perto a evolução da demografia dos associados participantes do sistema de seguro-saúde, de modo a assegurar as melhores condições de cobertura com os menores prêmios (mensalidades) possíveis. Propomos uma análise do crescimento do sistema e da eventual necessidade de sua ampliação.

·         Publicações e revistas da SBF: examinaremos mecanismos para fortalecer a qualidade e regularidade das publicações e revistas da SBF, valorizando-as pelo incentivo continuado para que pesquisadores passem a utilizá-las de modo mais assíduo, como expressão regular de sua produtividade acadêmica.

O processo de votação terá início no dia 11 de maio de 2009, quando a cédula estará disponível na página www.sbfisica.org.br, e se prolongará até o dia 08 de junho de 2009.

Por favor, leia as nossas propostas, discuta com seus colegas as idéias aqui apresentadas, e nos envie seus comentários para o e-mail sbf2009@googlegroups.com.


 

Chapa 1 – Diretoria SBF período 2009-2011

Presidente:

Celso Pinto de Melo (UFPE)

http://lattes.cnpq.br/4505138524062254

Vice-Presidente:

Ronald Shellard (CBPF)

http://lattes.cnpq.br/9624642322598710

Secretário-Geral:

Gastão Inácio Krein (IFT-UNESP)

http://lattes.cnpq.br/5704289678296630

Secretário:

Marcus Aloizio Martinez de Aguiar (UNICAMP)

http://lattes.cnpq.br/6114863866102325

Tesoureiro:

Rita Maria Cunha de Almeida (UFRGS)

http://lattes.cnpq.br/4672766298301524

Secretário Para Assuntos de Ensino:

Nilson Marcos Dias Garcia (UTFPR)

http://lattes.cnpq.br/2711017945843978

Com nossas mais cordiais saudações,

Membros da Chapa 1

06 de maio de 2009


Caros colegas, membros da Sociedade Brasileira de Física,

O Conselho da SBF, na sua reunião do 17/2/2009, nos honrou com sua confiança para concorrer às eleições da próxima Diretoria da SBF. Ficamos muito agradecidos pela seu gesto.

Permitam-me agora apresentar sucintamente os membros de nossa equipe:

Para Vice-Presidente: Paulo Pureur Neto (ppureur@f.ufrgs.br)
Professor Adjunto do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1C, físico experimental na área de matéria condensada. Minhas razões pessoais para tê-lo convidado na chapa incluem:
Ex-doutorando do recente Prêmio Nobel de Física Albert Fert, com profusa produção científica em sua co-autoria; sua excelência científica, e seu temperamento generoso, que tem propiciado o desenvolvimento não somente de seu próprio grupo científico na UFRGS, mas também o de outros grupos de pesquisa na sua região.

Para Secretário Geral: Roberto Fernandes Silva Andrade (randrade@ufba.br)
Professor Adjunto do Instituto de Física da Universidade Federal da Bahia, Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1C, físico teórico na área de matéria condensada.
Minhas razões pessoais para tê-lo convidado na chapa incluem: Sua reconhecida excelência na área de fenômenos críticos, sua vivência na USP, onde ele fez parte de sua pós-graduação e mantém proveitosa colaboração, e sua notória sintonização com as preocupações profissionais dos colegas do Norte-Nordeste.

Para Secretário: Jun Takahashi (jun@ifi.unicamp.br)
Professor do Instituto de Física da Universidade Estadual de Campinas, Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2, físico experimental na área de altas energias.
Minhas razões pessoais para tê-lo convidado na chapa incluem: Sua juventude e seu conhecido dinamismo científico que o levam a participar com sucesso de grande número de projetos experimentais internacionais.

Para Tesoureira: Maria José Valenzuela Bell (mjbell@fisica.ufjf.br)
Professora Adjunta do Departamento de Física da Universidade Federal de Juiz de Fora, Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2, física experimental na área de matéria condensada.
Minhas razões pessoais para tê-la convidado na chapa incluem: Seu jovem dinamismo em pesquisa e em ensino, sinalizando a grande importância nacional que tem os colegas que trabalham com sucesso em instituições afastadas dos grandes centros do país; sinaliza também a grande contribuição que dão as mulheres no panorama científico nacional, a qual desejamos aumentar.

Para Secretário para Assuntos de Ensino: Nilson Marcos Dias Garcia (nilson@utfpr.edu.br)
Professor do Departamento Acadêmico de Física da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (ex CEFET-PR), atuando também no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Paraná. Minhas razões pessoais para tê-lo convidado na chapa incluem: Grande experiência em pesquisa em ensino de Física e formação de professores; goza da confiança consensual da comunidade de ensino de Física do país.

Em breve, também tornaremos de seu conhecimento nossas propostas específicas de trabalho para o período 2009-2011.

Cordiais saudações,

Constantino Tsallis


Caro colega sócio da Sociedade Brasileira de Física:

É com grande satisfação que apresentamos a você a nossa Chapa, indicada pelo Conselho da SBF como a Chapa 1 para concorrer às próximas eleições da Diretoria:

Chapa 1 – Diretoria SBF período 2009-2011
Presidente:
Celso Pinto de Melo (UFPE)
http://lattes.cnpq.br/4505138524062254
Vice-Presidente:
Ronald Shellard (CBPF)
http://lattes.cnpq.br/9624642322598710
Secretário-Geral:
Gastão Inácio Krein (IFT-UNESP)
http://lattes.cnpq.br/5704289678296630
Secretário:
Marcus Aloizio Martinez de Aguiar (UNICAMP)
http://lattes.cnpq.br/6114863866102325
Tesoureiro:
Rita Maria Cunha de Almeida (UFRGS)
http://lattes.cnpq.br/4672766298301524
Secretário Para Assuntos de Ensino:
Nilson Marcos Dias Garcia (UTFPR)
http://lattes.cnpq.br/2711017945843978

A nossa proposta é a de continuar e ampliar o trabalho que vem sendo desenvolvido pelas últimas gestões da SBF, aprofundando questões de interesse geral da comunidade de físicos do Brasil. Até o dia 08/JUN/2009, data em que se encerra o período de votação, iremos compartilhar com você algumas idéias sobre aquilo que, com o seu apoio e colaboração, deverá vir a se tornar o programa de trabalho de nossa gestão.

Como propostas iniciais para reflexão, listamos a seguir alguns eixos principais de interesse de nossa comunidade, sobre os quais os membros da Chapa 1 irão ao longo das próximas semanas expor sua propostas e ouvir de você sua opinião e comentários.

  1. A Física no Brasil: fortalecimento do investimento em ciência básica e aplicada; a relação da Física com o desenvolvimento científico e tecnológico nacional; a presença internacional da Física brasileira; expansão da infraestrutura para a Ciência no Brasil; uma agenda de crescimento e valorização das ciências e, em especial, da Física brasileira; apoio a novas áreas e à inter- e multidisciplinaridade;
  2. Física e Educação Básica: forte apoio aos programas de formação, capacitação e valorização de professores de matemática e ciências nos níveis fundamental e médio; expansão das Olimpíadas de Física;
  3. A comunidade de Físicos no Brasil: o mercado de trabalho dos jovens físicos; a regulamentação da profissão de Físico; a pós-graduação e o mestrado profissional em Física; a demografia dos profissionais em Física no Brasil por região, área de formação, idade e sexo; medidas afirmativas para o aumento da presença de mulheres e de minorias na Física brasileira;
  4. A Sociedade Brasileira de Física: mecanismos para assegurar maior participação dos físicos brasileiros na vida da SBF; o fortalecimento dos eventos da SBF; a demografia dos sócios da SBF por região, áreas de especialização, idade e sexo; o Seguro-Saúde; as publicações e revistas da SBF;

Com nossas mais cordiais saudações,

Membros da Chapa 1


Caros colegas, membros da SBF,

Como antecipado em carta recente (Boletim da SBF do 17/03/2009), eis aqui as linhas principais sobre as quais intencionamos atuar, caso nossa chapa e proposta mereçam seu apoio:

- Dedicar esforços para que a regulamentação da profissão de físico seja realizada da maneira mais conveniente para nossa comunidade, inclusive no que se refere a aspectos tais como condições de trabalho, direitos e deveres legais, sugestão de honorários adequados e remunerações diversas. Lutar pela qualificação e aumento da inserção das minorias em todos os níveis educacionais. Estimular, em particular, a presença de mulheres na física e na ciência do Brasil.

- Atuar junto às agências de financiamento apoiando e incentivando ações para aumentar o desenvolvimento de tecnologia em empresas nacionais que utilizem conhecimentos de física, ampliando o mercado de trabalho para físicos --- experimentais, observacionais, teóricos e computacionais --- egressos das Universidades e Centros de Pesquisa.

- Realizar, via debates com a comunidade, uma análise detalhada das possíveis recomendações da SBF sobre questões de natureza ética.

- Propiciar uma ampla discussão na comunidade sobre como aprimorar os critérios utilizados por Comitês tais como os do CNPq, Capes, FAP's e outros, para a tomada de decisões importantes sobre bolsas e auxilios, que afetam significativamente as atividades dos membros da SBF, em áreas tradicionais da f'ísica ou em áreas interdisciplinares. Informar e sensibilizar as correspondentes autoridades governamentais e seus Comitês sobre os resultados desta análise com o objetivo de qualificar e maximizar os resultados dos investimentos na pesquisa em Física no País, ou seja, atuar sempre no sentido de "investir mais e melhor". Estimular, em particular, o reconhecimento efetivo das revistas brasileiras de física: se não as prestigiarmos nós, quem o fará?

- Propiciar e estimular, tanto quanto for possível, o destaque internacional das variadas e valiosas contribuições dos físicos do Brasil, tanto nas áreas básicas quanto nas aplicadas.

- Participar da discussão das questões e ações relacionadas às políticas públicas brasileiras que afetam o ensino de Física nos seus diversos níveis: Fundamental, Médio e Superior. Avaliar a possibilidade de contribuir com cursos breves de formação e aprimoramento continuados em diversas localidades do país. Tais medidas deverão alavancar uma melhoria generalizada dos conhecimentos dos jovens estudantes em ciência em geral, e em física em particular.

Ficamos a seu inteiro dispor para esclarecimentos, sugestões, melhorias, críticas.

Saudações cordiais,

Constantino Tsallis (CBPF), para Presidente
Paulo Pureur Neto (UFRGS), para Vice-Presidente
Roberto F.S. Andrade (UFBA), para Secretário Geral
Jun Takahashi (UNICAMP), para Secretário
Maria José Valenzuela Bell (UFJF), para Tesoureira
Nilson Marcos Dias Garcia (UTFPR), para Secretário para Assuntos de Ensino