Entre os dias 18 e 22 de setembro, ocorreu em Passa Quatro (MG) o XXXVIII Encontro Nacional de Física de Partículas e Campos. Durante o evento, foram escolhidos e premiados pôsteres em quatro categorias. Confira a lista dos ganhadores.
Entre os dias 18 e 22 de setembro, ocorreu em Passa Quatro (MG) o XXXVIII Encontro Nacional de Física de Partículas e Campos. Durante o evento, foram escolhidos e premiados pôsteres em quatro categorias. Confira a lista dos ganhadores.
O Conselho da Sociedade Brasileira de Física vem manifestar sua grande preocupação com os fatos ocorridos na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), relacionados à investigação de desvios de verbas dos cursos de Educação a Distância (EaD), oferecidos pelo programa Universidade Aberta do Brasil (UAB).
Em particular, é preocupante a ação desproporcional da Polícia Federal em 15/09/2017, resultando na intimação coercitiva de professores e funcionários e na prisão temporária de algumas pessoas, entre elas o Reitor (docente do departamento de Direito) e o Coordenador do Programa da UAB (docente do departamento de Física).
Com o avanço da nanotecnologia, que ambiciona a criação e manipulação de sistemas pequenos, medidos na escala dos milionésimos de milímetro, a compreensão dos efeitos físicos presentes em todos os pontos dessas estruturas se torna fundamental.
Isso levou a um aumento crescente de interesse nos sistemas de tamanho finito, que são convenientes para a realização de análises numéricas que por sua vez poderiam ser extrapoladas para estruturas infinitas. Em todo caso, um dos elementos mais fundamentais nesse esforço é o estudo das condições de contorno, que podem ou não preservar a simetria da estrutura infinita.
Pela primeira vez, temos a confirmação de que os raios cósmicos de energia ultra-alta – mais de 1 milhão de vezes maior que os prótons acelerados no LHC – têm mesmo origem fora de nossa galáxia.
O trabalho, fruto da Colaboração Pierre Auger, um vasto consórcio internacional de mais de 400 cientistas em 18 países, inclusive no Brasil, foi publicado em 22 de setembro na revista "Science".
Localizado em Mendoza, na Argentina, o Observatório Pierre Auger é a maior instalação de detecção de raios cósmicos do mundo. Composto por 1.600 detectores, cada um deles um tanque com 12 toneladas de água, o Auger vem coletando dados há muito tempo, e o trabalho atual envolveu a detecção de mais de 30 mil partículas cósmicas, vindas das mais variadas direções no espaço.
"A análise envolvida na extração deste resultado é considerada uma das mais difíceis dentro da colaboração, porque envolve uma série de efeitos sistemáticos sutis que, caso não corrigidos, levam a falsos padrões", explica Carola Dobrigkeit Chinellato, professora do Instituto de Física Gleb Wataghin da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e presidente da comissão brasileira no Observatório Pierre Auger. "Para se ter uma ideia, o resultado levou cerca de 12 anos para poder ser conseguido e publicado. Até mesmo uma pequeniníssima inclinação no terreno do observatório, de apenas 0,2 grau, foi levada em conta nas correções."
Diversos avanços técnicos foram promovidos até que se pudesse chegar a essa conclusão, que tem alta confiança (5,2 desvios-padrão com relação a ser um ruido) e demonstra conclusivamente que os raios cósmicos de energia ultra-alta são de origem extragaláctica.
É, contudo, o começo de uma jornada muito maior – a de descobrir que fontes astrofísicas especificamente produzem essas partículas de altíssima energia. "A questão da identidade das fontes pode ser atacada elevando-se a energia média da amostra de raios cósmicos, de forma a diminuir os desvios que eles sofrem em suas trajetórias devido aos campos magnéticos atravessados desde as suas fontes até nós", diz Chinellato. "Este é um campo ativo de análises não só na Colaboração Auger, mas também na colaboração que opera o Telescope Array, um experimento de raios cósmicos instalado no estado de Utah, nos EUA, e, assim, com visão privilegiada do céu do hemisfério norte."
De toda forma, os dados colhidos até agora pelo Observatório Auger já são a mais vasta e precisa amostra de raios cósmicos de altíssimas energias e tendem a se tornar ainda mais completos com uma nova tomada de dados que vai até 2025. "Com eles é bastante provável que avancemos na elucidação da identidade de fontes."
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Encontram-se abertas as inscrições para a XX Escola de Verão Jorge André Swieca de Física Nuclear Experimental. A Escola será realizada no Laboratório Aberto de Física Nuclear do Instituto de Física da USP de 29 de janeiro a 9 de fevereiro de 2018.
A Escola de Verão de Física Nuclear Experimental ocorre a cada dois anos desde 1984, e tem como objetivo propiciar aos alunos de pós-graduação um contato com os aspectos mais recentes e excitantes da Física Nuclear Experimental que envolvem desde o planejamento de uma experiência até a sua execução e interpretação dos resultados.
Nessa escola, daremos enfoque na utilização de aceleradores de partículas para o estudo dos efeitos da radiação ionizante em dispositivos e sistemas eletrônicos. Nessa edição, serão selecionados 20 participantes, sendo dada preferência para estudantes de pós-graduação: mestrado e doutorado.
As informações sobre as inscrições e submissão dos trabalhos podem ser acessadas no site da escola .