
No último 11 de maio de 2018, Richard Feynman, uma brilhante mente científica do século XX que deixou importantes contribuições para a Física e seu ensino, completaria 100 anos. Após sua morte, Feynman tem sido reverenciado por seus pares e repercutido com enorme sucesso no mundo virtual. Uma busca de Feynman revela mais de 6 milhões de resultados no Google e mais de 250 mil no YouTube. Segundo colegas próximos, ele acreditava que sua contribuição para o ensino, as Feynman Lectures on Physics, teria sido a mais importante para física, mais do que seus trabalhos sobre a eletrodinâmica quântica (que lhe deram o Nobel), a teoria do hélio superfluido, os pólarons ou os pártons e a teoria das partículas elementares, entre outras.
A Revista Brasileira de Ensino de Física vai comemorar o centenário de Feynman, muito ligado ao Brasil desde que passou uma temporada no CBPF em 1953, ao lançar no número 4 deste ano uma edição especial que retrata o legado de Feynman, na visão de pesquisadores brasileiros.

O projeto de lei que regulamenta a profissão de físico foi aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados na última quarta-feira (16) e agora pende apenas pela sanção presidencial para entrar em vigor.
Trata-se de uma conquista importante para muitos físicos sobretudo na área de física médica, onde assumem enormes responsabilidades com repercussões na saúde humana, como no planejamento radioterápico, em procedimentos de obtenção de imagens médicas, em proteção radiológica e medicina nuclear. Atuam profissionalmente submetidos a normas de instituições como o Ministério da Saúde e a Vigilância Sanitária, sem conseguir atender a exigências relacionadas às profissões regulamentadas. Também no setor produtivo e de serviços, a instabilidade permeia a atuação profissional, pela ausência do status de profissão regulamentada.

Com o sucesso alcançado pelas ações ligadas ao Ano Internacional da Luz, em 2015, a Unesco decidiu também proclamar o Dia Internacional da Luz, que foi comemorado na última quarta-feira, 16 de maio de 2018. A data foi escolhida por ser o dia em que ocorreu a primeira emissão de raios laser, em 1960.
O Brasil faz parte dessa iniciativa e diversos eventos estão sendo realizados ao longo desta semana para celebrar a ocasião. No Recife, o Instituto Nacional de Fotônica (INFO), localizado no Departamento de Física da UFPE, aliado ao grupo de estudantes que formam o Recife Student Chapter da SPIE (International Society for Optics and Photonics), promoveram diversas atividades entre os dias 14 e 16, com participação de pesquisadores do Canadá e da Suécia e apoio da Sociedade Brasileira de Física.

Um grupo internacional de pesquisadores operando no CERN obteve a mais precisa medida já feita sobre o anti-hidrogênio, com acurácia de 2 partes por trilhão. E ele permanece virtualmente idêntico ao hidrogênio convencional, preservando o mistério de por que o universo parece ser feito todo de matéria e não de antimatéria, ou de uma mistura de ambas.
Uma possível assimetria jogaria luz sobre esse grande enigma. A comparação entre matéria e antimatéria testa a simetria fundamental da física de Carga-Paridade-Tempo (CPT), que é base do Modelo Padrão, o contexto onde são organizadas as partículas fundamentais e suas interações.

A física moderna apresenta uma fronteira de difícil transposição: por um lado os fenômenos podem ser entendidos de maneira clássica (a que normalmente se atribuem os efeitos de grande escala), por outro, o comportamento físico é descrito de maneira quântica (representativa dos efeitos entre partículas individuais). São dois terrenos bastantes diferentes, que apresentam no entanto uma região de mais fácil transposição: os estados coerentes de partículas são estados quânticos que permitem obter uma transição suave entre a descrição quântica e a descrição clássica do problema em consideração.
Esses estados foram obtidos primeiramente por Schrödinger para o problema do oscilador harmônico, os quais são conhecidos por estados coerentes canônicos ou estados semiclássicos. A relação de incerteza de Heisenberg avaliada nesses estados é minimizada, e o centro da densidade de probabilidade evolui de acordo com as equações clássicas de movimento. Na década de 60, com o advento do laser, foram publicados uma vasta lista de artigos explorando as propriedades e generalizações desses estados, o que permitiu sua aplicação em vários campos da física moderna, inclusive, no contexto de óptica, dando o Prêmio Nobel de 2005 para Roy J. Glauber.