Ata da Reunião Conjunta da Diretoria e Conselho da Sociedade Brasileira de Física (SBF),


Realizada na Sede da Sociedade Brasileira de Física, em 12 de outubro de 2001, às 10 horas. Presentes os membros da Diretoria: José Roberto Leite (Presidente), Elisa M. Baggio Saitovitch (Vice Presidente), Roberto Fernandes S. Andrade (Secretário Geral), Carlos Ourívio Escobar (Secretário), Miguel Ângelo C. Gusmão (Tesoureiro), Maurício Pietrocola P. de Oliveira (Secretário de Ensino); e os Conselheiros: Constantino Tsallis, José Carlos Sartorelli, Adalberto Fazzio, Paulo Murilo Castro Oliveira, Nelson Studart, João Zanetic, Ildeu Moreira. .

COMUNICAÇÕES DO PRESIDENTE:

O Prof. José R. Leite comunicou que, na reunião do dia 29/8/2001, a Diretoria havia apreciado o Relatório de Gestão da Diretoria 1999 a 2001 e o Relatório de Gestão do Tesoureiro (Marco Aurélio P. Lima) no período julho/2000-julho/2001, cabendo agora ao Conselho, após análise, aprová-las. Relatou sobre sua visita à Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, e sobre o resultado (Conceito 2) da avaliação da CAPES para aquela instituição. Manifestou sua preocupação com as consequências deste resultado, como a que retira o apoio dos órgãos federais de fomento, e que implicaria em uma diminuição das atividades de pesquisa em física em um estado que necessita ter esta atividade estimulada. Em seguida falou sobre a situação da SBF salientando que: a) a situação financeira é adequada; b) que sente a necessidade de ações específicas da diretoria para atender a necessidades da comunidade. Entre estas citou a realização de um levantamento sobre a situação atual da física no país, lembrando que á última prospecção feita pela SBF data de cerca de dez anos; a necessidade se abrir, na página eletrônica da SBF, uma seção destinada a oferta de empregos para físicos.

COMUNICAÇÕES DOS MEMBROS DA DIRETORIA:

O Prof. Maurício Pietrocola discorreu sobre as atividades do XV Simpósio de Ensino de Física. O Prof. Roberto Andrade mencionou a proposta do Prof. Francisco Alcaraz, da USP - São Carlos, de retomar as reuniões J. A. Swieca na área de Física Estatística, e a necessidade de rediscutir a questão das taxas cobradas nas reuniões da SBF, no sentido que os participantes das reuniões possam ter uma contrapartida de serviços mais identificada, já que a inscrição é totalmente repassada a SBF. Mencionou que esta situação é bastante importante para o Encontro de Físicos do Norte e Nordeste, e para o Simpósio de Ensino de Física. O Professor Carlos Escobar mencionou que vem fazendo a seleção dos assuntos divulgados pelo boletim eletrônico da SBF de acordo como seu bom entendimento do que seriam aqueles de interesse e relevância para a comunidade, e perguntou se haveria alguma diretriz mais precisa para o tema.

COMUNICAÇÕES DOS MEMBROS DO CONSELHO:

O Prof. Nelson Studart informou que o CNPq havia aprovado recursos para a Revista Brasileira de Ensino de Física, e solicitou o empenho da diretoria na divulgação das revistas da SBF. Mencionou também a situação da revista A Física na Escola, que vem sendo editada por ele, com relativo sucesso. Mencionou que a revista tem carater de divulgação e que por isso não pode receber apoio do CNPq, mas que tem se auto-financiado. O Prof. Constantino Tsallis mencionou que é membro da comissão editorial do CNPq, e corroborou a informação anterior sobre a RBEF. Mencionou ainda a liberação de recursos para o BJP, e a revista de Instrumentação. O Prof. José Sartorelli falou sobre a necessidade de uma maior divulgação da revista Física na Escola. Falou também sobre a Revista de instrumentação, que está com a publicação bastante atrasada . É necessário contactar o Prof. Jornada para se inteirar da situação da revista de instrumentação, se existe ou demanda de artigos. A Profa. Elisa falou sobre a página eletrônica da SBF, que precisa ser bastante melhorada. O Prof. Leite mencionou que também o hardware precisa ser atualizado, e que o Prof. José Eboli esta ajudando na definição de novos equipamentos a serem adquiridos. Prof. Adalberto Fazzio mencionou que é preciso se rever os estatutos no que diz respeito à estrutura da diretoria. Ele acredita que a criação de secretarias de áreas seria uma alteração interessante e que deveria ser estudada.

 

ORDEM DO DIA

Itens 1 – Situação das salas da SBF.O Prof. Fazzio fez um relato sobre as dificuldades em reaver as salas da inquilina que não honra os pagamentos, que a ação de despejo já esta para ser executada. Foi mencionado por vários dos presentes que o problema deveria ser abordado quando da devolução das salas. Foi mencionado que a administração dela ou de outro bem que venha ser adquirido deve ser profissionalizada e terceirizada, com garantias para a SBF.

Item 2 – O Conselho referendou a constituição das diversas comissões propostas pela diretoria. Alguns nomes foram ainda agregados, ficando as comissões assim formadas:

Item 3 – A Profa. Saitovitch relatou sobre a participação dela e do Prof. Leite na reunião de lançamento do livro Verde, em Brasília, no mês de setembro, e da nova política de CTI. Salientou os seguintes pontos: descompasso entre a ciência e a tecnologia no Brasil; proposta do MCT de ações para possibilitar maior interação entre ciência e Tecnologia no Pais; sua própria preocupação que estas ações possam diminuir o apoio às ciências básicas; Mencionou a criação do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, órgão vinculado ao MCT, e que deveria coordenar ações em ciência tecnologia e inovação, basicamente com recursos vindos dos fundos de pesquisas setoriais. Comentou que a SBF tem se mantido ausente, sem buscar na sua comunidade o respaldo para demandas que visem o atendimento de suas necessidades.

Em seguidas foram feitas diversas manifestações, comentários e propostas: qual o papel das agencias estaduais dentro do novo esquema; reunião da SBPC em Goiânia deveria contemplar atividade sobre a nova política; proposta de constituição de uma comissão para estudar o tema, baseado na análise das propostas recentes. foi definida uma comissão constituída pelos professores Roberto Andrade, Adalberto Fazzio, Ildeu Moreira, para se inteirar das novas políticas de financiamento do MCT, produzindo um documento para orientara as ações da SBF sobre o assunto. Foi definido o prazo até o dia 20/11.

Item 4 – A Profa. Saitovitch falou sobre o relatório produzido pela Comissão Tundisi sobre os Institutos do CNPq, particularmente sobre a situação do CBPF. Neste relatório há a indicação de e reestruturação de atividades de pós-graduação de diversas instituições do MCT, incluindo o CBPF o INPE e outras instituições onde se desenvolve atividades ligadas à física. Em face da importância desta atividade para as instituições, houve uma série de manifestações, salientando os seguintes pontos: i) é importante em uma avaliação atacar os defeitos ou as qualidades de uma instituição, já que o CBPF obteve nota 6, a mais alta entre as instituições de física no estado do Rio de Janeiro; ii) o CBPF deve ter uma atuação diferenciada das demais instituições; iii) deve procurar aprofundar as atividades de pós-doutoramento, mas mantendo a pós-graduação; iv) sugerir que o Professor Constantino Tsallis passasse a integrar a comissão mencionada no item anterior, particularmente para os assuntos ligados ao relatório Tundisi.

Em seguida houve uma inversão de pauta, passando-se logo ao item 8. Passada a palavra ao Prof. Maurício Pietrocola, ele fez um relato dos trabalhos da comissão de ensino, salientado os diversos problemas existente na área e que a SBF deveria atuar de maneira mais decisiva nestes assuntos. Entre os ações a serem tomadas, apontou a criação de uma comissão para trabalhar na avaliação das condições de ensino na escola media. O Prof. Ildeu Moreira sugeriu também dos livros que estão sendo utilizados no ensino médio. O Prof. João Zanetic se manifestou favoravelmente à realização de um levantamento das condições de oferta de aula.

No item 5 da pauta foi discutida a situação do seguro saúde, explicitando-se os principais pontos discutidos na reunião da diretoria e os encaminhamentos tomados, como a mudança da corretora, a questão do funcionário que trabalharia junto à SBF na administração da apólice, que ficaria a cargo da nova corretora. O Conselho então aprovou os encaminhamentos estes da diretoria.

Passando-se ao item 6, foi abordado inicialmente a situação do Brazilian Journal of Physics. Foram feitos diversos pronunciamentos sobre o fluxo de contribuições para o BJP, sobre seu papel para a vitalidade da física no Brasil, sobre a conveniência de se manter a continuidade da publicação independente ou, a exemplo do ocorrido há dois anos, trabalhar no sentido de se incorporar a jornais que contam com o apoio de diversos países. Sem tomar nenhuma conclusão, foi decidido que a comissão editorial vai se pronunciar a respeito do BJP e ao jornal de instrumentação. Neste caso a situação é bastante crítica, pois ano tem havido nenhuma contribuição para o jornal. Finalmente foram feitas observações sobre a proposta do New Jornal of Physics, iniciativa do Institute of Physics de se fazer um jornal totalmente eletrônico, que gostaria de contar com o apoio da SBF. Foram feitas várias intervenções no sentido de rejeitar a proposta, já que a taxa de publicação é de US$500,00 por artigo publicado, o que está além das possibilidades financeiras da maior parte das instituições no Brasil, o que não justificaria a associação.

Em seguida o Prof. Miguel Gusmão fez um relato de sua participação na XXIV Reunião de Trabalho Sobre Física Nuclear no Brasil, realizada em Águas de Lindóia-SP, no período de 01 a 05 de setembro de 2001. Ele mencionou como proposta a flexibilizacao das garantias da SBF na hora de se fazer o acerto de contas com o hotel. O assunto voltará a ser discutido

Foi enfatizado que os contratos com os hotéis são feitos pela SBF, com exceção das reuniões de físicos do norte e nordeste, onde o contrato é feito pelo coordenador.

Tendo sido discutidos todos os itens da pauta, foi encerrada reunião.